PORTUGAL
A música portuguesa para teclado do séc. XVII era limitada em sua maioria para o órgão, sendo Manuel Rodrigues Coelho o compositor mais notável.
No séc. XVIII se destacou o compositor Antônio Carlos Seixas (1704-1742) que mostra influência de Scarlatti em suas sonatas e toccatas. No entanto, alguns de seus procedimentos harmônicos eram inusitados e provavelmente desconhecidos por Scarlatti.
Outro compositor foi João de Sousa Carvalho ( -1798) que, algumas vezes, era chamado de Mozart português por causa de seu estilo operístico. Muitas de suas obras denotam ter sido escritas durante o período de transição do cravo para o piano.
Além desses compositores, muito pouco se conhece sobre a música feita para teclado em Portugal durante os sécs. XVII e XVIII. Os registros históricos relatam concertos patrocinados pela corte real, freqüentemente com músicos estrangeiros, especialmente os italianos, que influenciaram os compositores nativos.
ESPANHA
A música espanhola para teclado oferece muito pouco se comparada à originalidade da escola virginalista inglesa, à elegância da escola cravista francesa ou à vitalidade da escola italiana. Na Espanha do séc. XVIII, a composição para o cravo era aparentemente apenas uma diversão para músicos que trabalhavam seriamente em outros campos da música. Além disso, a corte espanhola, diferentemente da realeza francesa, tratava seus músicos indiferentemente, algumas vezes os recompensando, e outras os ignorando. Como resultado, a música espanhola para teclado - particularmente a música para cravo - não é baseada em uma tradição bem estabelecida e progressiva.
A música espanhola quase não tem ornamentação e utiliza apenas a mais comum e simples harmonia.
A escola cravista espanhola, se assim pode ser chamada, recebeu ímpeto de três fontes: primeiro, a influência de Domenico Scarlatti, que passou praticamente toda sua carreira na Espanha; segundo, a técnica do violão; e o terceiro foi o nacionalismo ardente que permeia quase toda música secular espanhola.
Padre Antonio Soler (1729-1783) foi o compositor que mais se destacou na Espanha do séc. XVIII. Escreveu sonatas nos moldes das sonatas de Scarlatti.
Quando Soler morreu, em 1783, o modelo da sonata clássica já estava em voga na maioria dos países europeus. Os espanhóis, no entanto, mantinham a forma em um movimento e bipartida até aproximadamente a metade do séc. XIX.
Uma exceção foi Manuel Blasco de Nebra (1750-1784) que publicou sonatas em 2 movimentos: um adagio seguido por um allegro ou presto, que são obras de inspiração clássica.
Outros compositores:
Felix Máximo López (1742- ): contribuição significativa para a música espanhola com suas sonatas; Pe. Rafael Anglés (1731-1816); Pe. Felipe Rodriguez (1759-1814); Mateo Albeniz (1760-1831); Pe. José Galles (1761-1836).
Com a exceção de Soler, é duvidoso que esses compositores espanhóis tenham levado suas obras para teclado tão a sério.A maioria deles passou a vida a serviço da Igreja, escrevendo música sacra, para coral e órgão, e é fácil imaginar que suas composições para teclado tenham sido escritas apenas por diversão. Se foi assim, atingiram plenamente seu propósito.
segunda-feira, 29 de março de 2010
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10 * 10 * 100 100 TA´BOM....
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